Entrevista "Revista Alternativa " parte-2


Hoje, com mais gente jovem dancando
tango, isso nao e apenas
um modismo?


Sim, isso e um modismo,
porem nada mais natural que um
jovem siga alguma tendencia. Cabe
aos professores fazerem com que
eles possam se aprofundar e entender
mais sobre a danca, a didatica e
o desenvolvimento artistico.










Um brasileiro pode dancar tango
tao bem quanto um argentino?


E por que nao? Os campeona-
tos mundiais estao ai para provar
isso. Esse tabu deve ser quebrado e
essa comparacao ser melhor compreendida.
Dentro da danca como
arte, o conceito de bom ou ruim vai
de acordo com os olhos do telespectador.
Se uma pessoa se identifica
com um dancarino ou espetaculo,
naturalmente ela sentira algo em
relacao a isso. E esse sentimento
predominara em sua escolha sobre
o que e ser melhor ou pior.
O que aconselho para toda
pessoa que queira aprender tango
e dancar bem e conhecer um pouco
sobre a cultura de origem e aprender
a tecnica.


 













As pessoas nao estranham quando
veem um brasileiro dancando
tango, ainda mais pela “rivalidade”
que existe entre os dois paises?


Sim, e isso e ate engracado.
E como pareco muito com japones
mais ainda. Essa rivalidade so existe
dentro de competicoes e muitas
vezes por pessoas que nao praticam
ou nao conhecem muito o assunto.
Tive o privilegio de conhecer
muitos professores, coreografos e
dancarinos e para eles nao existe
nada mais prazeroso do que ensinar
ou dividir um palco com pessoas de
cultura distintas e mesmo assim
tao talentosas como eles.
Qual e o seu sonho?
Um deles eu vivo todos os
dias, o de trabalhar como dancarino.
Outro sonho que tenho e de
abrir um centro cultural em Hiroshima.
Alias, esse projeto ja esta em
andamento. Alguns voluntarios vao
comecar a dar classes de portugues
e espanhol para criancas em
nosso estudio.
Percebo que muitas criancas
latino-americanas que vivem no
Japao nao tem acesso a cultura de















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